sábado, 30 de agosto de 2008

ENURESE

“… que existe este blog no qual talvez possa obter a resposta que me interessa acerca da incontinência urinária que a minha filha de 12 anos passou a ter subitamente desde que a minha mulher resolveu ir viver com o seu antigo namorado.
Julgava que a tinha «conquistado completamente» apesar de ela ter tido com ele um forte relacionamento durante dois anos. Tivemos só esta filha e ela não quis mais. Apesar de não se dar muito bem com a filha, esta dependia muito da mãe porque o meu trabalho é por turnos.
Como não consigo estar regularmente em casa, são os meus pais que tomam conta da neta. Embora eles sejam muito permissivos, afligem-se facilmente com o «chi-chi» na cama e tentam envergonhar a neta para ver se isso passa.
Estou um pouco desorientado porque os avós foram ao médico e ele disse que a menina não tem qualquer anormalidade e que um psicólogo é o mais indicado para resolver tudo isto. Não tenho disponibilidade para ir regularmente ao psicólogo e não quero que os meus pais vão

sem mim. Não consigo ter outra ideia nem sei a que literatura possa recorrer.
Envio a mensagem… Poderá dar-me alguma ajuda já que…”



Sr. Jacinto N.
Ao chegar a ler a sua mensagem de há uma semana, da qual só transcrevi o essencial, lembrei-me logo do livro intitulado «MOLHAR» A CAMA NÃO INTERESSA que se refere ao grande problema de Gelásio apelidado e achincalhado com o epíteto de «Mijão» e que agora está apresentado no livro «PsicoterapiasDifíceis» (M) e também do filho, de mais um rapaz e duma menina que tinham um problema muito semelhante.
Já que não tem tempo para ir regularmente à consulta, vou tentar dar-lhe umas ideias que o podem
ajudar porque julgo que nos intervalos dos turnos não lhe deve faltar tempo para leitura cuidadosa, nem capacidade para pôr em prática algumas medidas necessárias e imprescindíveis.
A resposta demorou todo este tempo porque o aproveitei para reler o livro mencionado e outros, enquanto estou a descansar alguns dias. Tirei algumas notas a fim de lhe dar a oportunidade de actuar com rapidez e eficiência porque necessita de dispor do seu parco tempo em casa para ler, conviver com a filha e tentar «educá-la» o melhor que puder.
Vou dar a indicação das páginas do livro que menciono.
Veja as perguntas que fez o psicólogo e os conselhos que a senhora deu a um pai em condições parecidas com as suas (61-63): o reforço do comportamento incompatível é muito importante até sem qualquer outra psicoterapia.
Veja pelo menos nas páginas 25 e 49 como se faz o registo dos acontecimentos para se tentar estabelecer um nexo de causalidade a fim de se «promover» uma psicoterapia adequada.
Além disso, veja nas páginas 46 a 54 as recomendações feitas e os procedimentos utilizados por toda a família com o filho do Gelásio para a «mudança» do seu comportamento de molhar a cama.
O exemplo do António dado nas páginas 39 a 41 serve como um modelo que também pode ser seguido por qualquer pessoa.
Repare que o registo pormenorizado e temporalizado dos acontecimentos é muito importante para este tipo de terapia.
Se ler todo o livro com atenção, com realce para as páginas indicadas, vai verificar que muito pode fazer para debelar a crise já que, para si, é difícil ir a consultas de psicologia, que seriam bastantes, para que o caso fosse devidamente seguido e
resolvido.
Posso dizer-lhe que os 5 volumes de COMO MODIFICAR O COMPORTAMENTO, também da Plátano, podem ser bastante úteis para compreender o porquê de toda a situação. O post INFORMAÇÃO e as indicações dadas junto do meu perfil podem servir para esclarecimentos necessários à obtenção da bibliografia indicada.
Espero que lhe tenha dado a resposta com indicações para a solução possível, mas garanto que sem o senhor tentar entrar em relexamento, vai ter dificuldade em controlar a sua ansiedade e desejo de que tudo se resolva rapidamente, semesperar qualquer revez que é absolttamento «normal» por causa do pico da extinção.

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros,
desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.

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terça-feira, 26 de agosto de 2008

MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO

“Há dias, entrei no El Corte Inglés e vi o seu novo livro sobre SAÚDE MENTAL sem psicopatologia. Comprei-o imediatamente porque na Plátano não existia nem me tinham falado dele, embora a mesma senhora que sempre me atendeu tivesse sido muito simpática e prestável.
Depois de chegar a casa, o meu espanto foi não encontrar o livro na sala onde estava a lê-lo e descobri-lo no quarto do meu filho.
Oxalá que sirva para ele aprender alguma coisa sobre a vida. Sinto-o mais brando e falador. Não sei se estou a conseguir utilizar com ele a tal técnica de «desviar a atenção».
Espero que, desta vez tenha mais sorte do que tive depois da separação do marido.
Já sabe que sou a amiga da Alice.”




Acabo de ler o seu comentário que copiei acima antes de lhe responder.
Quando chegar a ler o meu novo livro intitulado EU NÃO SOU MALUCO! que se refere ao Júlio, vai verificar de que modo foi ele o autor ou o «promotor» das «mudanças» que foram acontecendo na sua vida.
Duma vida pacata, monótona e sem sabor que lhe desagradava imenso, passou a ter uma actividade de agrado, bem remunerada e com prestígio ajudando até os pais e os irmãos a conseguirem um nível de vida muito superior ao que teriam se o Júlio não tivesse «deitado mãos à obra» e recomeçasse a estudar.
Tudo isto aconteceu porque o Júlio se sentiu, sem razão, rejeitado e quase desprezado pelos pais quando, em criança, esteve a estudar em Lisboa por
não haver possibilidade de prosseguir estudos na sua remota aldeia. Por isso, ficou «doente», entrou em depressão e foi medicado.
Contudo, conseguiu a mudança e o reequilíbrio necessários com a ajuda da psicologia e da psicoterapia. Compreendeu os seus infundados sentimentos de inferioridade e abandono e transformou tudo isso em incentivo para uma vida melhor e muito diferente.
Para tanto, teve de «fazer uma viagem» pelo interior de si próprio explorando cada faceta da sua existência.
É por este motivo que insisto muito na modificação do comportamento que vai acontecendo sempre, com ou sem intenção e, às vezes, sem darmos por isso. Por este motivo, volto a insistir que é muito importante raciocinarmos e analisarmos a nossa existência e tentarmos conduzi-la, tanto quanto possível, ao nosso gosto.
Se ler os meus livros sobre as psicoterapias vai verificar que os seus protagonistas muito fizeram para sair da situação desequilibrada na qual se encontravam. O relaxamento e a imaginação orientada ajudam imenso. Existe muita coisa na qual podemos exercer influencia embora também possamos ser influenciados sem darmos por isso. Mesmo assim, podemos contrariar os acontecimentos se estivermos atentos e tentarmos utilizar as leis do comportamento fazendo uma previsão, tanto quanto possível, credível como aquela que fazem, os jogadores de «snooker».
Sabe jogá-lo? Se não, pelo menos vá ver jogar e há-de reparar que muitas bolas entram no saco quando menos esperamos e batem inesperadamente noutras. Porém, para o jogador, não é uma surpresa; é uma previsibilidade. É para isso que ele joga, podendo parecer ao «desconhecedor» que ele está a jogar mal.
No seu caso, pense no seguinte:
Se não tivesse os livros em casa o seu filho iria lê-los?
Depois da senhora começar a ler os livros, o filho não teria notado alguma mudança no seu comportamento?
Se não tivesse falado com a Alice teria pensado em procurar ajuda como o fez agora?
Se o seu marido não se tivesse afastado ostensivamente saberia se ele levava uma vida dupla?
O vosso casamento foi sempre «bom» ou foi aparentemente bom?

Pense em tudo isto, analise, raciocine, veja os pontos fracos e descubra os mais fortes e prepare um «plano de acção» talvez até com a ajuda do filho já que ele agora se mostrou interessado pela psicologia e psicoterapia. Se conseguiu que o seu filho «ficasse» mais falador pode ser que esteja a utilizar a tal técnica do reforço do comportamento incompatível. Aproveite «pensadamente» todas as boas oportunidades mas não seja precipitada.
Desejo-lhe calma e, especialmente, boa sorte.

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas. 

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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

REFORÇO DO COMPORTAMENTO INCOMPATÍVEL

"Parece que o meu filho também se interessou pelos livros que estou a ler porque os encontrei fora do lugar onde os tinha colocado.
Não percebi muito bem aquilo que fez com a senhora de 55 anos em quem foi diagnosticado um cancro maligno e fatal.
A Alice incentivou-me a voltar a entrar em contacto consigo porque se lembra vagamente de o ter ouvido falar num caso semelhante nas aulas.
Pode-me dar mais algumas informações sobre isso?
Agradeço todo o apoio que me possa dar porque parece que está a dar algum resultado. Terei sorte?
Sou a amiga da Alice."



Para a amiga da Alice:
Vi o seu comentário quando estava a preparar-me para enviar mensagem anterior mas apresso-me a dar as indicações que me pede.
Com a senhora de que falei no post sobre SIDA usei a técnica do reforço do comportamento incompatível descrita em COMO MODIFICAR O COMPORTAMENTO 3, Técnicas e exemplificada em outros livros.
Esta técnica, em termos simplistas, consiste em desviar a atenção da pessoa para coisas diferentes da qual não desejamos falar ou evidenciar.
No caso dela, a sua doença preocupava-a muitíssimo e era nisso que todos falavam dando-lhe conselhos para ficar mais calma, distrair-se, sair com os amigos, etc., e até a pensar noutra coisa. Se bem lhe diziam isto, pouco faziam para que ela conseguisse distrair-se porque continuavam a dar conselhos e a «inventar» consolações para o seu mal.
Quando na consulta de psicologia o marido disse que ela era uma pessoa muito alegre e dada às festas, notei que ela se tinha entusiasmado. Aproveitei a oportunidade para continuar a consulta sem o marido e verificar se ela falava, com o mesmo entusiasmo, daquilo a que o marido se tinha referido.
Quando verifiquei que ela se entusiasmava com as recordações aproveitei a oportunidade para a estimular a pormenorizar as mesmas e a continuar assim durante muito tempo.
Ajudei-a a entrar em relaxamento e a recordar com o máximo pormenor diversas passagens felizes da sua vida. Incitei-a a ficar entusiasmada com isso e a continuar a lembrar-se disso durante o sono ou nos sonhos.
Na consulta do dia seguinte, o marido notou o seu entusiasmo e boa disposição no final da sessão psicoterapêutica. Na terceira sessão, quando o marido quis saber o que se passara na sessão anterior, «expliquei-lhe» a técnica e o porquê de a
utilizar. Por isso, ele também começou a utiliza-la, em casa, com a mulher induzindo os amigos a fazerem o mesmo.
Ninguém falava em «desgraças», «doenças» ou «consolações». Todos se recordavam dos bons momentos que tinham passado e quase rivalizavam uns com os outros para contar as suas «façanhas».
Passados cerca de quatro meses, quando a senhora deixou de comparecer à psicoterapia, o marido veio agradecer o apoio dizendo: “Foi-se subitamente mas pelo menos foi bem disposta.”
Esperava descrever este caso num livro que estou a preparar mas vou-me antecipar a seu pedido. Até pode ser que o inclua, mas garanto que é uma das melhores técnicas a ser utilizadas sem «efeitos secundários» que, se houver, só podem ser benéficos.

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DIFICULDADES NO COMPORTAMENTO **

"Estou divorciado há cerca de dois anos e tenho um filho com 10 anos que está a viver comigo desde que foi concretizado o divórcio. No entanto, ele visita a mãe um dia por semana e tem tido um comportamento mais ou menos equilibrado, não parecendo ter sido muito afectado pela nossa separação. Contudo, ultimamente, ao longo deste ano lectivo, a professora tem vindo a alertar-me pela falta de atenção e desinteresse que ele tem demonstrado e que o está a prejudicar no seu aproveitamento escolar. Também em casa, comigo, está pouco comunicativo, já não fala em jogar ou brincar e parece triste e desinteressado.
Estou muito preocupado e não sei o que lhe dizer nem o que fazer.
Depois de conversar com algumas pessoas amigas que me falaram no seu blogue, resolvi expor-lhe o meu problema e espero que me possa ajudar e resolvê-lo.”



Recebi a sua longa carta mas transcrevo apenas o essencial para a minha resposta.
Seria muito importante que o seu filho fosse visto por um psicólogo e talvez até que lhe fossem feitos alguns exames. Bom seria também conseguir compreender qual o comportamento dele com a mãe desde a separação parental e se existe qualquer outra pessoa que interfira junto de qualquer dos dois elementos do antigo casal.
Porém, se isso não é viável, posso recomendar que leia pelo menos o caso do BOSCO, descrito no SUCESSO ESCOLAR já que auida não posso aconselhar a leitura do caso da filha do Antunes porque ainda (2008) não foi publicado. Além disso, os livros sobre modificação do comportamento, também da Plátano, podem ser úteis. O caso desse rapaz pode ser semelhante ao do seu filho. Com esta leitura e de outras complementares, como por exemplo, a história da Joana contada em 4 livros a começar por COMO COMPREENDER AS CRIANÇAS, pode conseguir uma compreensão melhor da situação já que os pais dela estavam para se separar e passaram a «re-unir-se».

Porém, toda a actuação tem de ser sua e só uma avaliação cuidada da situação pode dar mais consistência a toda a estratégia que tem de ser concertada e reformulada se a sua acção imediata não produzir o efeito desejado. Lembre-se que os resultados são lentos e é necessário saber esperar e conseguir «medir» os pequenos resultados ou avanços conseguidos, persistindo com firmeza quando se chega a verificar o mais pequeno «avanço». É necessário saber esperar e alterar a estratégia logo que as circunstâncias assim o exigirem.
Espero que tenha boa sorte.

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domingo, 10 de agosto de 2008

CASAMENTOS, UNIÕES E HOMOSSEXUALIDADE


"Fiquei revoltado com os conselhos que deu ao rapaz porque são retrógrados e desagradáveis (comentáro ao post DIVÓRCIO OU SEPARAÇÃO?).
De certeza que não admite o divórcio e muito menos os casamentos entre homossexuais.
Que espécie de psicólogo é você, tanto mais que dá aulas no Ensino Superior?"



Exmº Senhor «revoltado» (já que não me apresenta outra identificação).
Aceito a sua crítica mas não concordo com ela. Desculpe a demora mas agora já estou em condições de responder.
Primeiro que tudo, não dei conselhos ao rapaz só por minha iniciativa. Respondi ao seu apelo para lhe tentar «aliviar» a perturbação e desânimo em que dizia estar.
Quanto aos meus «conselhos» serem desagradáveis para si, posso concordar, mas eu escrevi essencialmente para o rapaz de quem me interessa a opinião, em primeiro lugar. Pode ser que a mesma seja dada dentro de algum tempo depois de ele experimentar aquilo que lhe foi proposto.
Não posso aceitar que eu tenha um feitio retrógrado porque falo em casamento e não em união. Até faço uma distinção quanto à conjugação de interesses dos quais muito ouvimos falar na nossa sociedade.
Se observar o mundo dos seres viventes, até os pretensos casamentos têm determinadas normas e duração. As «crias» não são abandonadas ao «Deus dará» como acontece com muitos humanos, nem são utilizadas como moeda de troca, ostentação, afirmação de poder, chantagem, etc. como se nota em vários processos litigiosos que se arrastam pelos nossos tribunais.
Não sou contra as uniões e, para mim, algumas situam-se muito mais no espírito do verdadeiro casamento (com ou sem padre, registos, copos de água, ostentações, padrinhos, etc.) do que muitos dos casamentos, com todos os «requintes» a que as pessoas mais avezadas se habituaram. Contudo, às uniões, dou uma maior latitude do que ao casamento porque, desde a origem, não exigem um grau de ponderação exigível no casamento.
Se me fala em homossexuais, posso dizer-lhe que convivi com um, no mesmo quarto, durante quase um ano, sem quaisquer «danos». Cada um tinha os seus gostos que não os tentava impingir ao outro. Os meus continuam a ser diferentes, embora não veja razão para não haver uniões entre homossexuais que, pela própria lei da natureza não se podem considerar (pelo menos eu não considero, sem qualquer desprimor ou juízo de valor) casamentos, os quais têm de ser entre indivíduos de sexo diferente.
Todos os que se queiram «unir» e viver em conjunto a sua vida, segundo o meu ponto de vista, deviam ter o direito de fazê-lo, com ou sem contrato escrito ou verbal, a termo ou a prazo, com ou sem cláusulas especiais, pontuais ou permanentes.
Mas, não chamem a isso casamento!
O mesmo faço eu quando tenho de utilizar uma chávena a fazer de copo ou uma gamela como se fosse um prato. A utilização diversa não tem qualquer importância mas a designação diferente é incorrecta.
Por acaso, o senhor vive satisfeito consigo próprio?
Não tem qualquer «problemazito» por resolver?
Apesar de não concordar com o comentário, fico agradecido por o ter feito.
Sempre ajuda a aprofundar e a reajustar cada vez mais as ideias que temos.

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PROBLEMAS DA SIDA

"Eu queria ajudar o meu filho a ter uma vida menos conturbada com a SIDA.
A Alice, que foi sua aluna, deu-me o endereço. Como há alguns anos o meu marido se envolveu com outra mulher e abandonou o lar, eu tive de trabalhar arduamente para sustentar a família. Então o nosso único filho parece que se ressentiu disso e meteu-se na droga. Pelo menos foi esta a justificação que me deu para abandonar os estudos aos 21 anos, quando frequentava um curso de artes fotográficas. Não sei em que companhias andou porque, quando o pai se afastou sem dar qualquer notícia de si, as minhas preocupações aumentaram e talvez não tivesse dado ao meu filho a atenção e cuidados de que necessitava. Agora, a minha preocupação é tentar «salvar os cacos». Haverá alguma coisa que eu possa fazer para ajudar o meu filho a sair da triste situação em que se encontra? Pergunto isto porque me aconselharam a recorrer a este blog dando-me o seu e-mail. Será que ainda posso fazer alguma coisa por ele? Segundo o meu raciocínio, parece-me que não, mas a esperança é a última a morrer. "



Recebi o seu «pedido de socorro» há dias. Como era difícil responder tentando dar alguma solução favorável, fiquei à espera de conseguir ter qualquer ideia que pudesse ajudar a «aliviar a situação».
O vício da droga, como qualquer outro, para tentar aliviar uma situação desagradável com um comportamento inadequado (pode ser álcool, jogo, sexo, radicalismos, etc.), enraíza-se com facilidade porque é aprendido com a satisfação de reduzir a situação desconfortável em que a pessoa se encontra, propvocando reforço secundário negativo.
É a consequência do reforço secundário negativo que geralmente é aleatório e, por isso, ocasiona no indivíduo uma aprendizagem muito forte. Talvez a mais forte de todas. até se tranfroamar no vício. A única forma de contrabalançar a situação é conseguir que um comportamento completamente diferente desse, que é alienante, provoque uma satisfação semelhante ou ainda maior.
No caso do seu filho, seria necessário que ele conseguisse, com o oposto do consumo da droga, obter a satisfação desejada.
Além disso, ele está com SIDA e isso é um compromisso orgânico que não é resolúvel em Psicologia. Nestas condições, apenas para aliviar a situação e deixar a senhora menos angustiada do que já deve estar com os seus problemas conjugais, depois duma desintoxicação efectiva, a adesão do seu filho a uma ordem religiosa ou situação similar, onde possa estar longe das drogas e das restantes companhias, é uma solução razoável.
Para isso, ele tem de ser algum tanto religioso ou crente e aderir ao programa voluntariamente. Caso contrário, o melhor é a senhora pensar em qualquer coisa que não seja a família e tentar criar novos interesses tentando passar o resto da vida com menor angústia do que até agora.
Se não puder «salvar» ninguém pelo menos salve-se a si própria.
Neste caso, o mais importante é conseguir utilizar o reforço do comportamento incompatível com qualquer dos dois: mãe e filho. Foi a única técnica que consegui utilizar com uma senhora «muito viva» em quem, aos 55 anos, foi detectado um cancro maligno, com expectativa de menos de 6 meses de vida.
Se não der resultado, o mais provável é os dois terem de se submeter a sessões de psicoterapia quase infindáveis e com poucos benefícios.
Os livros PARA QUE SERVE A PSICOLOGIA? e teoria, técnicas e previsão de COMO MODIFICAR O COMPORTAMENTO, da Plátano, podem confirmar esta minha resposta.

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