domingo, 10 de agosto de 2008

CASAMENTOS, UNIÕES E HOMOSSEXUALIDADE


"Fiquei revoltado com os conselhos que deu ao rapaz porque são retrógrados e desagradáveis (comentáro ao post DIVÓRCIO OU SEPARAÇÃO?).
De certeza que não admite o divórcio e muito menos os casamentos entre homossexuais.
Que espécie de psicólogo é você, tanto mais que dá aulas no Ensino Superior?"



Exmº Senhor «revoltado» (já que não me apresenta outra identificação).
Aceito a sua crítica mas não concordo com ela. Desculpe a demora mas agora já estou em condições de responder.
Primeiro que tudo, não dei conselhos ao rapaz só por minha iniciativa. Respondi ao seu apelo para lhe tentar «aliviar» a perturbação e desânimo em que dizia estar.
Quanto aos meus «conselhos» serem desagradáveis para si, posso concordar, mas eu escrevi essencialmente para o rapaz de quem me interessa a opinião, em primeiro lugar. Pode ser que a mesma seja dada dentro de algum tempo depois de ele experimentar aquilo que lhe foi proposto.
Não posso aceitar que eu tenha um feitio retrógrado porque falo em casamento e não em união. Até faço uma distinção quanto à conjugação de interesses dos quais muito ouvimos falar na nossa sociedade.
Se observar o mundo dos seres viventes, até os pretensos casamentos têm determinadas normas e duração. As «crias» não são abandonadas ao «Deus dará» como acontece com muitos humanos, nem são utilizadas como moeda de troca, ostentação, afirmação de poder, chantagem, etc. como se nota em vários processos litigiosos que se arrastam pelos nossos tribunais.
Não sou contra as uniões e, para mim, algumas situam-se muito mais no espírito do verdadeiro casamento (com ou sem padre, registos, copos de água, ostentações, padrinhos, etc.) do que muitos dos casamentos, com todos os «requintes» a que as pessoas mais avezadas se habituaram. Contudo, às uniões, dou uma maior latitude do que ao casamento porque, desde a origem, não exigem um grau de ponderação exigível no casamento.
Se me fala em homossexuais, posso dizer-lhe que convivi com um, no mesmo quarto, durante quase um ano, sem quaisquer «danos». Cada um tinha os seus gostos que não os tentava impingir ao outro. Os meus continuam a ser diferentes, embora não veja razão para não haver uniões entre homossexuais que, pela própria lei da natureza não se podem considerar (pelo menos eu não considero, sem qualquer desprimor ou juízo de valor) casamentos, os quais têm de ser entre indivíduos de sexo diferente.
Todos os que se queiram «unir» e viver em conjunto a sua vida, segundo o meu ponto de vista, deviam ter o direito de fazê-lo, com ou sem contrato escrito ou verbal, a termo ou a prazo, com ou sem cláusulas especiais, pontuais ou permanentes.
Mas, não chamem a isso casamento!
O mesmo faço eu quando tenho de utilizar uma chávena a fazer de copo ou uma gamela como se fosse um prato. A utilização diversa não tem qualquer importância mas a designação diferente é incorrecta.
Por acaso, o senhor vive satisfeito consigo próprio?
Não tem qualquer «problemazito» por resolver?
Apesar de não concordar com o comentário, fico agradecido por o ter feito.
Sempre ajuda a aprofundar e a reajustar cada vez mais as ideias que temos.

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2 comentários:

Anónimo disse...

Estás a seguir a discussão e a aceitação quase completa, com excepção da Igreja, de casamentos homossexuais?
Às vezes, chegamos a pensar que os psicólogos são rígidos e pouco espertos.
O que dizes a isso?

Anónimo disse...

Meus Senhores,
Leiam com atenção o meu post porque ele é bem explícito acerca da designação dada a um acto. Não podem chamar Lisboa ao Porto nem Faro a Portalegre. É isso que estão a fazer.
Dar-vos-ei a resposta quando puder e conseguir ter paciência e tempo.
Mário de Noronha