terça-feira, 26 de agosto de 2008

MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO

“Há dias, entrei no El Corte Inglés e vi o seu novo livro sobre SAÚDE MENTAL sem psicopatologia. Comprei-o imediatamente porque na Plátano não existia nem me tinham falado dele, embora a mesma senhora que sempre me atendeu tivesse sido muito simpática e prestável.
Depois de chegar a casa, o meu espanto foi não encontrar o livro na sala onde estava a lê-lo e descobri-lo no quarto do meu filho.
Oxalá que sirva para ele aprender alguma coisa sobre a vida. Sinto-o mais brando e falador. Não sei se estou a conseguir utilizar com ele a tal técnica de «desviar a atenção».
Espero que, desta vez tenha mais sorte do que tive depois da separação do marido.
Já sabe que sou a amiga da Alice.”




Acabo de ler o seu comentário que copiei acima antes de lhe responder.
Quando chegar a ler o meu novo livro intitulado EU NÃO SOU MALUCO! que se refere ao Júlio, vai verificar de que modo foi ele o autor ou o «promotor» das «mudanças» que foram acontecendo na sua vida.
Duma vida pacata, monótona e sem sabor que lhe desagradava imenso, passou a ter uma actividade de agrado, bem remunerada e com prestígio ajudando até os pais e os irmãos a conseguirem um nível de vida muito superior ao que teriam se o Júlio não tivesse «deitado mãos à obra» e recomeçasse a estudar.
Tudo isto aconteceu porque o Júlio se sentiu, sem razão, rejeitado e quase desprezado pelos pais quando, em criança, esteve a estudar em Lisboa por
não haver possibilidade de prosseguir estudos na sua remota aldeia. Por isso, ficou «doente», entrou em depressão e foi medicado.
Contudo, conseguiu a mudança e o reequilíbrio necessários com a ajuda da psicologia e da psicoterapia. Compreendeu os seus infundados sentimentos de inferioridade e abandono e transformou tudo isso em incentivo para uma vida melhor e muito diferente.
Para tanto, teve de «fazer uma viagem» pelo interior de si próprio explorando cada faceta da sua existência.
É por este motivo que insisto muito na modificação do comportamento que vai acontecendo sempre, com ou sem intenção e, às vezes, sem darmos por isso. Por este motivo, volto a insistir que é muito importante raciocinarmos e analisarmos a nossa existência e tentarmos conduzi-la, tanto quanto possível, ao nosso gosto.
Se ler os meus livros sobre as psicoterapias vai verificar que os seus protagonistas muito fizeram para sair da situação desequilibrada na qual se encontravam. O relaxamento e a imaginação orientada ajudam imenso. Existe muita coisa na qual podemos exercer influencia embora também possamos ser influenciados sem darmos por isso. Mesmo assim, podemos contrariar os acontecimentos se estivermos atentos e tentarmos utilizar as leis do comportamento fazendo uma previsão, tanto quanto possível, credível como aquela que fazem, os jogadores de «snooker».
Sabe jogá-lo? Se não, pelo menos vá ver jogar e há-de reparar que muitas bolas entram no saco quando menos esperamos e batem inesperadamente noutras. Porém, para o jogador, não é uma surpresa; é uma previsibilidade. É para isso que ele joga, podendo parecer ao «desconhecedor» que ele está a jogar mal.
No seu caso, pense no seguinte:
Se não tivesse os livros em casa o seu filho iria lê-los?
Depois da senhora começar a ler os livros, o filho não teria notado alguma mudança no seu comportamento?
Se não tivesse falado com a Alice teria pensado em procurar ajuda como o fez agora?
Se o seu marido não se tivesse afastado ostensivamente saberia se ele levava uma vida dupla?
O vosso casamento foi sempre «bom» ou foi aparentemente bom?

Pense em tudo isto, analise, raciocine, veja os pontos fracos e descubra os mais fortes e prepare um «plano de acção» talvez até com a ajuda do filho já que ele agora se mostrou interessado pela psicologia e psicoterapia. Se conseguiu que o seu filho «ficasse» mais falador pode ser que esteja a utilizar a tal técnica do reforço do comportamento incompatível. Aproveite «pensadamente» todas as boas oportunidades mas não seja precipitada.
Desejo-lhe calma e, especialmente, boa sorte.

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas. 

Consultou todos os links mencionados neste post?

Já leu os comentários? Visite-nos noFacebook.

Clique em BEM-VINDOS

Ver também os posts anteriores sobre BIBLIOTERAPIA
É aconselhável consultar o ÍNDICE REMISSIVO de cada livro editado em post individual.

Blogs relacionados:
TERAPIA ATRAVÉS DE LIVROS para a Biblioterapia

Para tirar o máximo proveito deste blog, consulte primeiro o post inicial “História do nosso Blog, sempre actualizada”, de Novembro de 2009 e escolha o assunto que mais lhe interessa. Depois, leia o post escolhido com todos os comentários que são feitos. Pode ser que descubra também algum assunto acerca do qual nunca tivesse pensado.

Para saber mais sobre este blog, clique aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Acabei de ler o seu livro de que gostei muito. Obrigou-me a pensar em muita coisa que aconteceu na minha vida e a compreender a situação actual.
Parece que alguma coisa começou a ficar modificada sem eu ter uma acção muito directa e incisiva.
Aproveito a oportunidade do sobrinho da Alice estar connosco para fazer este comentário.
Muito agradecida.
Amiga da Alice.