domingo, 28 de setembro de 2008

A HIPNOTERAPIA


“Há dias, vi um programa na televisão em que uma rapariga se dizia aliviada dos seus sintomas de dores nos membros depois de se submeter a sessões de hipnoterapia. Parecia que estava a ser condicionada pelo hipnoterapeuta que lhe dizia aquilo que ela deveria fazer.
Eu não senti nada do que me pareceu ela ter dito quando iniciei o meu tratamento em Portimão para depois o continuar em minha casa, todas as noites, por sua recomendação.
É capaz de me explicar se existe alguma diferença entre os dois tratamentos?
Sou o Januário que consta mais ou menos do seu livro
Psicoterapia Para Quê?


Recebi ontem a sua missiva por correio electrónico e vou responder já porque é Domingo e estou a
descansar e preparar apontamentos para as aulas do ISMAT.
Não vi o programa de televisão de que me fala, mas posso dizer que a minha preocupação é passar o comando de todas as acções ao próprio de modo que seja ele o principal autor e actor da mudança que desejar no momento e para o futuro.
Eu sou psicólogo clínico e não hipnoterapeuta. Na minha prática clínica utilizo a técnica de Imaginação Orientada como se fosse o próprio a reviver o passado para o compreender e orientar ao seu gosto guiando-se pela técnica de Terapia do Equilíbrio Afectivo.
De modo algum estou interessado em influenciar a vida dos outros nos quais tento incutir a firme vontade de se autoorientarem e autogovernarem. Acho que só assim posso proporcionar ao próprio a vontade de «liberdade» que tinha perdido com a «alienação» da doença e que fez com que ele necessitasse dos meus serviços.
Quanto ao resto, que poderá desejar na minha resposta, faz-me supor que ainda não leu o livro, post Informação, de 7 de Agosto de 2008.
publicado em Abril deste ano e que consta do SAÚDE MENTAL sem psicopatologia
Para si e para a Germana, desejo bom trabalho porque disso necessitam mais do que de qualquer outra coisa.
Grande parte dos livros da Biblioterapia já estão disponíveis e o JOANA deve ser puclidado em breve em 2ª edição.

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.


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terça-feira, 16 de setembro de 2008

O VALOR DAS INCERTEZAS

"Há dias, depois de começarem a ser noticiados os assaltos a carros e roubos a supermercados e gasolineiras fui a um minimercado e a uma estação dos correios. Enquanto a minha mulher entrava para tratar da correspondência fiquei fora, no carro, à sua espera. Quase de seguida, vi um agente da polícia jovem, com um telemóvel na mão, telefonar constantemente e olhar para mim com suspeição. Mantive-me calmamente no carro, a ouvir música, estacionado na rua por não ter outro lugar adequado. O polícia fartou-se de olhar para mim e, sem querer, senti que ele podia estar a suspeitar das minhas intenções, com o carro parado, a «ouvir música». Estaria eu à espera de algum cúmplice?
Era lógico que, na situação actual ele se sentisse inseguro e era admissível que me

pudesse julgar cúmplice de algum assalto. Estas situações não poderão conduzir um indivíduo a ter pensamentos semelhantes aos dos paranóicos? Que defesas têm os polícias para que isso não aconteça e para que a sua reacção não seja inadequada?
Tenho 55 anos e os meses que passei na guerra da Guiné foram o suficiente para me marcarem por toda a vida. Por acaso, quando estive parado à frente dos correios, usava óculos escuros bastante avantajados."


Meu caro senhor.
A sua missiva e a sua curta permanência na «guerra» fizeram-me lembrar um episódio interessante. No início dos conflitos em Angola, com a debandada de grande parte da população para a «metrópole», vários edifícios

citadinos estavam desabitados e alguma tropa estava aquartelada no antigo Hotel Luanda. Havia necessidade de um oficial de dia e de um oficial de prevenção e a guarda correspondente para a segurança do edifício-quartel.
Uma noite, logo depois de se saber que tinha havido motins em Nambuangongo, o major que era quase o terceiro comandante da unidade veio a correr para o edifício, bateu forte e «desesperadamente» à porta de entrada que estava fechada e, aos gritos, disse que a prisão civil tinha sido atacada, provocando a morte de alguns polícias. Passava da meia-noite e toda a gente acordou estremunhada. Quase todos esses militares, que tinham sido «retirados» das suas pacatas aldeias do interior «deste lindo jardim à beira-mar plantado», eram rapazes novos sem qualquer experiência de guerra.


Os dois oficiais de serviço reforçaram a guarnição e alertaram o pessoal para estar atento a qualquer tentativa de ataque já que o major prognosticava «maus momentos».
O edifício tinha quatro pisos e, da esplanada do topo, podia observar-se uma grande área da cidade. Contudo, a escuridão e o capim que crescia livremente nos quintais abandonados, não deixava ver grande parte de forma clara. Era necessário «adivinhar» a partir das sombras.
Os militares estavam alertados e «assustados» com as «prelecções» e «premonições» do major. A partir deste estado de espírito, vigiavam a cercania o melhor que podiam. Como havia «perigo à espreita», era necessário atacar antes que fossem atacados ou neutralizados como parecia ter acontecido com os outros!

De repente, começaram e ouvir ruídos no quintal, escuro como breu, cheio de capim e de outras árvores. Parecia que alguém estava a rastejar. As sentinelas gritaram por «reconhecimento» e, embora o ruído tivesse cessado por instantes, ninguém respondeu. Quando o ruído recomeçou, tentaram detectar a sua origem e, não havendo qualquer resposta ou reacção, dispararam nessa direcção. Silêncio total depois de um ligeiro ruído de queda. Ninguém se atrevia a ir ver o que tinha acontecido. Ficaram de alerta e aguardarem. Podia ser uma emboscada. Passado pouco tempo, voltaram a ouvir mais ruídos. Reagiram da mesma maneira. Ficaram à espera. Tudo sossegou.
Passadas duas horas, às 4 da manhã, ao clarear da madrugada, bem armados e a proteger a retaguarda, tentaram descobrir o que se tinha passado. Quantos
terroristas teriam morto ou ferido? Haveria alguém vivo à espera do «inimigo»?
Grande foi o espanto quando verificaram que tinham morto, com tiros certeiros, uma vaca e um gato que, nos últimos tempos de penúria na cidade se tinham habituado a ir buscar o seu alimento naquela local, àquela hora da madrugada, quando os humanos já não os incomodavam com as suas «guerras» e divergências.
O factor fundamental foi a má «atribuição» que os militares fizeram baseados nos conceitos e informações pouco precisas e erróneas dadas pelo major e apresentadas num tom fortemente emotivo como se estivesse num dos comícios partidários actuais.
A atribuição depende de vários factores incluindo as informações recebidas, sua comparação com as vivências anteriores, as intenções e a disposição de cada
um, etc. (ver pags 31 a 41 do livro apresentado e outros).

Se os nossos polícias forem devidamente elucidados e treinados para reagir mais
racionalmente do que emocionalmente (ver SAÚDE MENTAL sem psicopatologia, págs. 149 a 155), se também tiverem a prática de relaxamento instantâneo necessária para enfrentar situações de perigo imediato, pouca diferença lhes deve fazer observar uma pessoa como foi o senhor acerca de quem estou a fazer este post.
O mais importante é esse meu interlocutor também não fazer atribuições erradas acerca dos polícias que, hoje em dia, com raras excepções e magros vencimentos, nos vão dando o apoio que é indispensável para viver numa sociedade que se vai «civilizando» no pior sentido. Não deve ser fácil enfrentar o medo de ser constante e subitamente atacado por quem menos se espera.
Por isso, desejo calma, bom senso e, essencialmente, boa sorte para os nossos vigilantes.


PEm 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R),
destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.
  
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domingo, 14 de setembro de 2008

RESPOSTA A UM COMENTÁRIO


"Estes posts não serão mais moralistas do que práticos?"


Antes de tudo, agradeço, a sua pergunta no post STRESS que me ajuda a reflectir um pouco mais sobre aquilo que escrevo.
Julgo que todos temos uma «maneira de ser» que se vai formando com a estruturação da personalidade desde que deixamos de estar na infância, antes dos 10 anos.
Essa «maneira de ser» enforma quase todos os nossos actos que, como respostas aos estímulos do meio ambiente, seriam diferentes se a mesma fosse moldada em terras, famílias, climas, crenças e valores culturais diversos dos actuais.
Contudo, aquilo de que eu falo, a pedido das pessoas ou estimulado por elas, é ciência. 
Digo o que acontece, manciono causas e efeitos.
Tento constatar factos, estudá-los e fazer a previsão dos acontecimentos duma forma «amoral», isto é, sem dizer se é bom ou mau. Nestas circunstâncias, posso prever que se lançar um dardo, ele deve cair num determinado ponto no sentido em que o lancei. 
Contudo, se a minha percepção desse alvo não estiver correcta por não tomar em conta a força com que o devo lançar, a lei da gravidade e outras forças intervenientes no processo físico, posso falhar.
Nas minhas intervenções, não digo se um dardo deve ser lançado.
Esta decisão, tomada de acordo com a sua moral, ética, necessidades, etc., compete a quem o lança ou tem de o lançar. Querer lançar ou não o dardo pode ser uma decisão moral, mas dizer que o dardo terá uma determinada trajectória, que pode provocar um certo impacto ou ser impedido de atingir um determinado alvo por um certo obstáculo, não implica moral.
Eu tento funcionar assim: dizer aquilo que, segundo os conhecimentos que adquiri até ao momento,
me parece que poderá acontecer, se houver certas contingências anteriores. Tento não fazer mais do que isso, dando a minha opinião científica a quem ma pediu.
Por exemplo, não digo que é bom ou mau ir ou não aos espectáculos da Madona; isso poderia implicar moralismo. Contudo, posso dizer, sem qualquer intenção moralista, que eu não iria mesmo que me dessem um prémio chorudo; é uma opinião.
Ouvimos agora falar constantemente em roubos de carro e de gasolineiras com violência e com recurso a armas de fogo. Não digo se é bom ou mau, embora pense que é péssimo. Péssimo para o funcionamento da nossa sociedade e até para a segurança mínima das pessoas. Mas posso dizer, seguramente, sem implicar qualquer tipo de preconceito moral que, se os autores desses «crimes», tipificados pelos códigos penais, não forem impedidos de os perpetrar ou não forem adequadamente punidos ou forem deixados em liberdade, esses «crimes» não deixarão de Como Modificar o Comportamento e de Para que Serve a Psicologia?À Psicologia compete analisar os factos, descobrir as suas causas e prever os resultados das acções a serem tomadas. À Sociedade em geral e aos Governos democraticamente eleitos compete determinar aquilo que se deve fazer para eliminar ou deixar crescer esses tipos de comportamentos ou acções.
existir e até podem aumentar de frequência e intensidade, de acordo com o reforço que os autores dos mesmos tiverem com a sua execução, isto é, aprendizagem. Isto é ciência e não moral. Consta de
Nesta ordem de ideias, os dois posts Divórcio ou Separação e Casamentos, Uniões ou Homossexualidade tentam explicar a minha maneira de pensar e actuar como psicólogo.
Tudo isto se consegue «descobrir» na história da Joana, uma criança que aprendeu muito ao longo da vida, de acordo com os estímulos que lhe foram proporcionados. É por este motivo e com estas experiências que tive ao longo da minha prática clínica que afirmo (talvez com um pouco de «moralismo») que a educação é um dos pilares fundamentais da estrutura da personalidade e do funcionamento duma sociedade.
Quando estive a colaborar com o Jornal de Queluz a partir de 1979, além de outras rubricas, Psicologia Para Quê??? na qual, em forma de relato contínuo, tentei responder às perguntas que os leitores me faziam sobre a educação dos filhos, dificuldades no comportamento, etc. Nessa coluna, tentei não imiscuir a moral nas opiniões que dava, embora não agradassem apenas a pouquíssimos. Os leitores até me pediram para coleccionar tudo num opúsculo. Foi a partir dessa prática e de pedidos de algumas pessoas que resolvi instituir este blog com a mesma finalidade.
mantive uma coluna intitulada
Pode ser que, sem ser voluntariamente, pareça que estou a incluir «moral» nas minhas informações. Mas, de certeza, não é essa a intenção. Por este motivo, estou agradecido pelo comentário que me ajudou a esclarecer esta dúvida que pode existir na mente de algumas pessoas.
Cada um deve decidir de acordo com a sua moral e ética mas é bom que pondere e compreenda bem as razões da sua decisão.


Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.


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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

STRESS

“Durante vinte e cinco anos trabalhei nos escritórios de uma fábrica de calçado no Norte, perto do Porto. Sempre me pareceu um emprego seguro e procurei organizar a minha vida de acordo com essa perspectiva.
Casei, tenho dois filhos pequenos, ainda em idade escolar e o meu marido tem um ordenado que só dá para sustentar a casa e a família se também eu estiver a trabalhar.
No entanto, há um mês, a fábrica entrou em falência e eu fiquei desempregada.
Tenha agora 50 anos e muitas dificuldades em arranjar trabalho. Estou muito desorientada, cansada e angustiada e parece-me que o mundo desabou sobre a minha cabeça. Não sei explicar o que sinto, mas com tantas dificuldades e preocupações, até já pensei em desaparecer para sempre. Todos os meus familiares me dizem que o que eu tenho é «stress» e que preciso de consultar um médico ou um psicólogo. Talvez tenham razão; mas para isso é preciso gastar dinheiro que eu não tenho. Quando o meu folho viu o blog disse para recorrer aos seus conhecimentos e pedir-lhe

que me diga o que fazer para melhorar a minha saúde e poder ajudar a minha família.”



Minha senhora:
Embora a senhora possa estar lógica e «normalmente» muito angustiada e desorientada, a realidade que está a viver não é, infelizmente, invulgar e temos de conviver com ela do mesmo modo como se enfrentam os furacões na Ásia e na América do Sul. Por isso, a prevenção é muito importante.
Aproveite o convívio com o seu filho para ver os outros posts que falam de muitas situações anómalas pelas quais as pessoas passam e que enfrentam com determinação para as ultrapassar e até para conseguirem um modo de da melhor. Nada melhor do que enfrentar a vida com realismo e coragem.
Temos de ultrapassar as dificuldades!
Muitas situações de stress são iniciadas com factos que parecem não ter coisa alguma a ver com o mesmo. Parece não haver qualquer nexo de causa efeito.
Por exemplo, aquilo que a Germana relata e que consta na página 14 do livro acima citado é:
“...não se sentia bem com os amigos nem em qualquer outra situação. Parecia-lhe que todos olhavam para ela e a criticavam. Ficava corada e transpirava sem desejar e sem saber porquê. Não conseguia concentrar-se no trabalho e esquecia-se do que tinha de fazer.”Germana estava secretamente «amigada» com o seu chefe directo, um engenheiro, casado, que tinha por ela pouca consideração. A situação desagradável e incómoda em que se encontrava e a pouca satisfação que dela obtinha, deixavam-na com vontade de a evitar mas sem capacidade de o conseguir por sua iniciativa.
É um conflito com a necessidade de escolher entre duas respostas indesejáveis.
Em muitos destes casos a pessoa fica tão «baralhada», desesperada e desorientada que deseja
«desaparecer» e, nesse momento, o que lhe parece mais viável é o suicídio.
Consulte o meu post Divórcio ou Separação?, de 7 de Agosto, em que se fala da situação conflitual que se instala numa criança cujos pais estão para se divorciar. Algumas das perguntas que a criança faria a si própria, talvez numa angústia muito grande e sem resposta concreta e satisfatória seriam:
O que posso fazer para evitar um mau desfecho?
Até que ponto e de que maneira poderei dominar a minha ansiedade?
Como resolver a minha vida depois?
É bom compreender o que aconteceu com a Isilda (Depressão? Não Obrigado!) antes de tentar o suicídio.
Se a situação da Cristina (Sucesso na Vida! Por Que Não?) se prolongasse por muito tempo e ela não conseguisse «ajustar» a sua vida às necessidades reais do momento, talvez também ela entrasse em depressão.

Hoje em dia, resolveu-se falar muito em stress por tudo e por nada. Segundo dizem, o stress até
«acontece» depois das férias!
O stress é necessário e imprescindível ao longo da vida e para o nosso «progresso» do mesmo modo como são a revolução e o conflito. Contudo, do mesmo modo como a fome é necessária para controlarmos a ingestão correcta de alimentos, um défice ou um excesso pode ocasionar subnutrição ou obesidade. O mais importante é que tudo esteja dentro das medidas adequadas para cada um. Em casos como o seu, os exercícios de relaxamento e tudo aquilo que a Cristina fez (pags. 51 a 59) preparam uma pessoa para compreender perfeitamente o modo como poderá orientar a sua vida apesar das dificuldades que vão surgindo a todo o momento. Acontece com todos, mas alguns gerem as situações melhor do que outros porque adquiriram mais conhecimentos e exercitaram-se o suficiente para as poderem «dominar» tornando-as, às vezes, favoráveis para o futuro.
Um dos factos muito importantes, nestes casos, é aprendermos a ultrapassar a situação desagradável
da maneira mais proveitosa possível e continuarmos a utilizar, no futuro, o resultado dessa
aprendizagem.

Em breve, a Calçada das Letras vai publicar dois livros, um intitulado Acredita em Ti. Sê Perseverante e outro Finalmente Consegui! No primeiro, um técnico de economia e finanças conseguiu fazer sozinho uma psicoterapia (ou autoterapia) que beneficiou a saúde mental da mulher e da filha e melhorou o sucesso escolar desta; no segundo, uma técnica de comunicação social, com alguma ajuda, conseguiu deixar a vida promíscua em que se estava a envolver irremediavelmente para começar uma nova etapa cheia de um futuro promissor familiar e profissional.
Por enquanto, se estiver interessada em atingir um bom resultado praticando os exercícios que são indicados, também pode ler Psicoterapia Para Quê? para saber o que aconteceu com o Januário, marido da Germana.

Nisso, o livro da JOANA  pode ser de extrema utilidade porque todas as informações técnicas são dadas em linguagem muito simples, com exemplos da sua prática no dia-a-dia.

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

DISLEXIA

“O meu filho tem 9 anos e frequentou este ano o 3º ano de escolaridade.
Sempre foi bem sucedido nos seus estudos, mas ao longo deste ano lectivo, começou a dar muitos erros na escrita e também no cálculo. A professora ficou surpreendida e disse-me que, continuando deste modo, era bem possível que viesse a necessitar de um apoio escolar extra ou poderia vir a ser mal sucedido no 4ºano de escolaridade.
Fiquei preocupada e resolvi marcar uma consulta com um psicólogo nosso conhecido que, como está de férias só o poderá atender a partir do fim de Setembro.
No entanto, enquanto eu estive de férias na Praia da Rocha em casa de uns parentes, tomei conhecimento através de uma amiga deles, estudante de Psicologia no ISMAT, que o

professor de Psicopatologia dela, juntamente com a esposa se tinha dedicado à Psicopedagogia. Soube também que esse mesmo professor mantinha o Psicologia Para Todos através do qual dava informações às pessoas que delas necessitassem.
Poderei receber alguma informação especial que me ajude a resolver o actual insucesso do meu filho?
Além da minha profissão que me ocupa muitas horas, o meu marido está numa comissão de serviço que deve durar mais 8 meses e eu vivo longe dos familiares que me poderiam dar uma ajuda. Tempo disponível, só nos fins-de-semana e feriados; por isso, se o meu filho necessitar de qualquer apoio extra escolar, não conseguirei ajudá-lo regularmente.
Com o enorme desejo que tenho de o acompanhar e para o seu melhor sucesso escolar, até já comecei a ler um livro sobre dislexia.


Pode dar-me alguma ideia que nos leve a uma boa resolução?
Informo que os meus estudos são equivalentes a um bacharelato.
Obrigada pela ajuda que me irá dar com certeza.
Vitalina Lacerda."




Exmª Srª D. Vitalina Lacerda.
Antes de tudo, peço desculpas pela demora.
Estou a responder com algum atraso porque não quis abrir a mensagem electrónica sem ter a certeza de que vinha sem infecções. Toda a cautela é pouca com os vírus que atacam com muita facilidade. Só depois da minha aluna ter telefonado para saber porque não respondia à mensagem, tive a certeza que a mesma era de confiança.
Quanto ao caso do seu filho, seria bom que um psicólogo fizesse o despiste e o acompanhasse. Ele pode ter também alguns problemas psicológicos devido à ausência, do pai, embora temporária.
No caso da filha do Antunes, foi ele próprio que lhe conseguiu dar apoio. Veja como.
Como a senhora começou a ler alguma coisa sobre dislexia, suponho que já deve estar a calcular qual pode ser o problema do filho. Por isso, no âmbito da bibliografia que conheço, posso recomendar que leia o caso do Jorge em REEDUCAR COMO?, especialmente as páginas 63 a 65.
Além disso, os dois livros que lhe fazem companhia são SUCESSO ESCOLAR e APOIO PSICOPEDAGÓGICO.

Repare que pode fazer uma selecção dos itens a ser reeducados, seleccionar, se necessário, o material para a reeducação, fazer a avaliação de progresso, escolher os horários mais convenientes e, essencialmente, utilizar tempos de reeducação pequenos para que a mesma seja mais profícua.
Reservar 10 minutos todas as tardes ou noites para uma pequena reeducação é muito proveitoso porque ocasiona aprendizagem distribuída, aumenta o tempo de interacção com o filho e pode distraí-lo em relação a quaisquer preocupações que ele possa estar a ter com a ausência do pai: é o reforço do comportamento incompatível a funcionar. O Domingo pode ser reservado para uma reeducação mais alargada, com intervalos pelo meio.
No caso do Renato veja como os familiares o puderam ajudar e como a colaboração entre pais e professores deu um óptimo resultado (77 a 93).
No Sucesso Escolar, vai verificar que o problema do Bosco (99 a 114) poderia ser mais «psicológico» do que escolar.
Espero que se lembre de que uma avaliação de progresso é muito importante por causa das nossas «normais» falhas de memória que não deixam avaliar objectivamente os «avanços» e os «recuos».
Desejo-lhe o máximo de sorte para esta tarefa que lhe poderá dar bastantes satisfações no final. E quando o seu marido regressar da comissão não será muito bom ver o filho cada vez melhor?

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.



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