terça-feira, 17 de novembro de 2009

AGRADECIMENTOS E INFORMAÇÃO

Agradecemos toda a colaboração que nos foi dada desde o início do blog   PSY FOR ALL, em fins de 2006, então alojado no Blog.com, e continuada aqui, no Blogspot, desde Agosto de 2008, como PSICOLOGIA PARA TODOS.

O nosso endereço passa a ser: http://psicologiaparaque.wordpress.com/  

Esperamos e agradecemos a continuação das vossas visitas e comentários para que este blog se mantenha sempre actual e possa servir para difundir os conhecimentos de Psicologia para o bem-estar comum de todos nós.
Até breve. Visitem-nos aqui.
Mário de Noronha


Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R),
destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

UM BÁLSAMO PARA O DESESPERO? **

Vi o comentário de um anónimo (a?) no post Ser Perseverante, de 21 JUN 2009, o qual vai ser transcrito a seguir para que todos compreendam a resposta que vou dar para ajudar minimamente uma pessoa em natural desespero.

“Este post e os comentários de Fernando Magalhães e Inácia de Jesus fizeram-me pensar em perguntar se poderei fazer algo por mim própria para não me sentir tão desesperada como agora.



Há anos, por pressões do meu patrão, ajudei-o a fazer uma falcatrua assinando um documento comprometedor. 
Ele ganhou milhares de contos e deu-me dois para me adoçar a boca.
Quando o escândalo rebentou inesperadamente, ele safou-se descartando-se de mim e agora, com 50 anos, estou nas mãos de justiça por causa da minha maldita assinatura
Sem dinheiro, sem emprego, sem apoio e sem posses para qualquer aconselhamento, poderei fazer qualquer coisa por mim própria para aliviar o meu sofrimento enquanto aguardo a lenta marcha

da justiça?
Vou continuando a visitar o seu blog porque espero que me responda com brevidade.
Não me posso identificar por questões de segurança. Deve compreender.
Obrigada.”
16 de Novembro de 2009 16:37


Pela maneira como a senhora fez o comentário, parece-me que, depois de se descobrir a falcatrua, o seu patrão tentou safar-se alijando em si todas as culpas.
Por acaso, não foi a sua secretária de maior confiança?
Além disso, parece-me que a senhora não quer ilibar-se de toda a culpa. Por isso, está em conflito consigo própria, além de excepcionalmente desiludida com o seu antigo
patrão.
Se assim é, muito vai ter de lutar consigo própria para «carregar» a culpa sozinha.
Comportamentos de patrões como o seu, são usuais na nossa sociedade chamada «civilizada», mas muito «gananciosa». Com eles, é necessário guardar «trunfos na manga» que a senhora não parece ter. Para isso, teria de usar vestidos de manga comprida. Se calhar os seus vestidos eram de manga curta e confiou demais no seu antigo patrão.
Agora, apenas para aliviar a situação aflitiva em que diz que se encontra, peço que, antes de tudo, leia o meu post AUTOTERAPIA, de 24 de Fevereiro de 2009 e pratique o relaxamento que está nele descrito.
Entretanto, como já viu o SER PERSEVERANTE, vá consultando outros posts tais como:
PROFILAXIA E PSICOTERAPIA NA DEPRESSÃO, de 6 de Junho de 2009.
STRESS, de 11 de Setembro de 2008.
Com estas leituras ou quaisquer outras que consiga fazer, assim como praticando a relaxamento, deve ter a possibilidade de experimentar «uma viagem ao seu passado» evocando muitos factos que a levaram a ficar presa a um compromisso de falcatrua.

Pense bem, vasculhe na memória todos os pormenores dos quais se puder lembrar. Podem ser importantes para as declarações ou esclarecimentos que prestar a quem estiver a averiguar os factos da falcatrua. Pode lembrar-se, sem querer, de algum pormenor insignificante mas que possa contribuir para que algo de diferente aconteça nas averiguações que julgo estarem em curso. Pode até corrigir alguns dados que não tenham sido devidamente esclarecidos. Depende muito da sua entrada em relaxamento e da «disponibilidade mental» com que recordar tudo aquilo que se passou e o modo como aconteceu.

Em alguns casos pode ajudar, mas o mais importante, é a senhora conseguir compreender a situação total e, sem tentativas de justificação para se sentir com razão, compreender que nas circunstâncias do momento seria difícil ter outras alternativas. Todos vamos ter de viver com o nosso passado, mas conseguiremos levar uma vida menos angustiada se compreendermos os factos e, depois de analisados, os aceitarmos com racionalidade.
Boa sorte e menos angústia. Da minha parte, não posso ajudar mais a reduzir o seu desconforto sem conhecer outros elementos importantes da sua vida.

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.


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domingo, 8 de novembro de 2009

ATITUDES E ATRIBUIÇÕES **

Quando entrei no meu blog, vi dois comentários a necessitar de aprovação, a qual foi dada imediatamente.

Porém, o comentário feito por um Anónimo na tarde de 4 de Novembro de 2009, no meu post AS ATRIBUIÇÕES ERRADAS, de 9 AGO 2009, dizia o seguinte:

“Ouvi dizer que o senhor é o único professor no ISMAT que não fornece aos alunos, nem por «e-mail», a cópia dos «powerpoint» que apresenta nas aulas e que servem de suporte para as suas aulas.
Porquê? Qual o inconveniente de aceder ao pedido deles?
Faço esta pergunta num «comentário» porque também me disseram que era a sua preferência em relação ao e-mail.
Pode-me dar uma explicação?”


Embora pudesse responder ao comentário com um outro, preferi fazê-lo, com alguma demora através de um post porque o assunto diz respeito à minha boa ou má colaboração na docência que tenho vindo a exercer há cerca de dez anos, no ISMAT.

Por este motivo, resolvi conversar com um amigo meu, antigo colega da Faculdade, professor universitário agora em descanso, com mais 20 anos de serviço do que eu, para que me desse alguns conselhos sobre o assunto.

Quando lhe apresentei o post e o respectivo comentário, expus o modo como dou as aulas, mas ele resolveu manter comigo um diálogo que esclarecesse melhor aquilo que eu lhe estava a contar.

-- Tu não apresentas aos alunos o programa da disciplina?
-- Com certeza. Faço-o logo na primeira aula e também lhes digo o modo como vou fazer a avaliação de conhecimentos.

-- E a bibliografia?
-- Discrimino-a completamente.

-- Há livros para eles poderem estudar?
-- Como os essenciais são compilações que fui fazendo ao longo do tempo e estão publicadas, deixei na biblioteca pelo menos uma cópia de cada livrinho. Além disso, recomendo-lhes outros manuais que são por mim indicados na bibliografia.

-- Eles podem adquirir os livros que desejam se não quiserem sujeitar-se às vicissitudes da biblioteca?
-- Até eu lhes levo, de Lisboa, alguns livros, comprando-os a um «preço de autor».

-- E o que são os tais «powerpoint»?
-- São «apontamentos» resumidos que faço para mim, como ajuda para me orientar na aula, expor melhor a matéria e não me esquecer de coisa alguma. São como os antigos acetatos.

-- Tudo o que dizes está nos livros?
-- Absolutamente tudo, menos a «conversa» particular de cada aula e um ou outro exemplo elucidativo do qual me possa lembrar e que também não está nos tais «powerpoint».

-- Se lhes desses os «powerpoint» eles seriam capazes de responder às perguntas do exame?
-- Provavelmente não, porque às vezes, se eu não os reler antes das aulas, os mesmos podem não me dizer coisa alguma.

-- Será que eles querem que lhes leves a comida à boca?
-- Não sei.

-- Ainda te lembras dos tempos (1958) em que havia «sebentas» que tínhamos de decorar «ipsis verbis» para quase citar o número da página nas respostas dos exames? Isso não nos dava a possibilidade de pensar por nós ou contestar qualquer coisa que não achássemos correcta, deixando-nos na completa dependência do Professor Sabe-Tudo (e ninguém sabe mais do que ele). Eram os nossos tempos, mas fomos evoluindo aos poucos com o contacto mantido com os que se formaram no estrangeiro. Ainda bem.
-- Já no meu tempo de formatura (1975) as coisas estavam mudadas e nós tínhamos de ir às fontes buscar informação por iniciativa própria, geralmente em língua inglesa ou francesa, sem ficarmos na dependência do professor.

-- Acho que fazes muito bem, porque a entrega dos «powerpoint» pode deixá-los na tua dependência muito mais do que as sebentas que tinhamos de decorar. Agora, os teus livros devem ajudar muito se lhes deres a oportunidade de consultar o que desejam.
-- Essa liberdade é total. Os livros são apenas para lhes facilitar a vida e também para lhes dizer que, no exame, não vou fazer quaisquer perguntas fora dos mesmos.

-- Já estás a facilitar muito.
-- Quase que te garanto que se não lerem os livros recomendados, ou outros equivalentes e não tomarem notas nas aulas, de pouco lhes servirão os «powerpoint» que desejam. Talvez os outros professores preparem os «powerpoint» como se preparam os discursos. Os meus só servem para mim quando os releio e recordo a matéria antes de dar as aulas. E já que falas na comida, os meus não são comida para levar à boca mas sim algum alimento que deve ser utilizado com uma sonda que vá ter directamente ao estômago. Se os alunos não lerem mais nada, vão ficar à fome porque o alimento está nos livros e nos apontamentos que eles tirarem dos livros ou das aulas. Se não se habituarem a consultar os livros ou a assistir a todas as aulas, podem ter a sorte de acertar em algumas respostas, sem saberem coisa alguma da matéria. E depois, qual a quantidade de ciência que apreendem? O que vão fazer no futuro? Como se governarão na vida prática? Julgo que não haverá muitos que tenham papás ou padrinhos que lhes «arranjem» um bom lugar com o diploma que obtiverem.

-- Já agora, para que serve e de que trata o teu blog?
-- Destina-se a dar respostas a muitas pessoas que me põem problemas (tipo consultas) e até para poder explicar melhor aquilo que os alunos desejarem, se me quiserem fazer perguntas extra aulas. Já lhes disse que podem dispor do meu tempo, pelo menos uma ou duas horas antes das aulas, sempre que tiver disponibilidade para isso..

-- E eles fazem-te perguntas nesse tempo?
-- Quase nunca.

-- E já lhes falaste no blog?
-- Já. Até está mencionado na bibliografia que lhes dei.

-- Então, eu também vou consultar hoje o teu blog e ver os «powerpoint» e amanhã continuamos a conversa.

    *****************************************
-- Já li o teu blog e vi os tais «powerpoint» mas também gostava de saber se os alunos estão satisfeitos com as tuas aulas.
-- Há dez anos, quando comecei a dar aulas no ISMAT, pedi à administração que solicitasse dos alunos uma avaliação anónima (secreta) acerca da eficácia das minhas aulas, porque não gostaria de as dar se eles não gostassem das mesmas.

-- E qual foi o resultado?
-- Informaram-me que a maioria dos alunos gostava, avaliando-as acima do «normal». Suponho que fazem isso todos os anos.
-- Se a maioria deles até gosta das tuas aulas, coloca-te numa atitude defensiva e podes fazer a atribuição de que alguns até vão querer que sejas tu a responder às perguntas de avaliação que fizeres nos exames. Se quiseres ter a certeza disso, faz-lhes uma pergunta de verificação na próxima aula: “Quantos já consultaram o blog?” Se forem menos de 50%, podes estar certo de que com ou sem e-mail ou «powerpoint» vão ficar na mesma. Vão querer tirar o curso com o menor esforço possível, sem a preocupação de saber a matéria. Mas, garanto-te que nem um quarto dos alunos consultou o blog onde poderiam ter aprendido muito mais do que nos teus «powerpoint», que também vi ontem à noite.

************************************** 
 Depois desta explicação e dos conselhos que me foram dados pelo meu amigo, vou ver se na próxima aula faço a pergunta de verificação para me elucidar melhor. Ao meu amigo, agradeço sinceramente a conversa que me ajudou a perceber que estou com razão. Fornecer os «powerpoint» só pode prejudicar os alunos que conseguirão apreender melhor a matéria se estiverem com atenção nas aulas e tomarem apontamentos do que lhes interessar, ou lerem cuidadosamente os livros. Não desejo que o ensino se degrade. Pelo contrário, quero promover a sua melhoria e a boa qualidade na medida do que me for possível. «Bolonha» também exige isso.

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

AUSÊNCIA DAS MÃES EM CASA E OBESIDADE **

Um comentário ao meu post O Autismo Entre Nós, de 31 Agosto 2009, feito por um anónimo, no dia 15 de Outubro corrente, diz o seguinte:
“Ouviu dizer que um estudo inglês descobriu que a obesidade está
 correlacionada com a ausência das mães em casa por causa
 do emprego?
 Qual a sua opinião?”


A minha resposta, sem conhecer esse estudo, mas vendo a reportagem apresentada na televisão, é muito simples e baseia-se nos conhecimentos sobre a modificação do comportamento.

1.  Qualquer ser animal e especialmente o humano, necessita de reforço, isto é, satisfação. Por isso, procura obtê-lo da maneira que lhe é mais fácil e económica. Em cada momento, cada um sente essa satisfação da maneira que lhe é peculiar, isto é, através de elogios, carinhos, honras, dinheiro, reconhecimento do seu trabalho, etc., que se traduz em reforço.
2.  Qualquer criança necessita de atenção, carinho e afectividade e isto até se verifica nos restantes seres animais. É por isso que as crias ficam nos primeiros tempos de vida, com os progenitores ou com a sua espécie até se autonomizarem e se tornarem adultos, obtendo destes os reforços adequados.
3.  Se não houver o carinho, o afecto e a atenção que proporcionem reforço, o ser humano pode eventualmente conseguir obter esse reforço que lhe é necessário através de diversas acções tais como comer, brincar, maltratar os outros, imaginar situações fantasiosas, fazer disparates para chamar a atenção, etc.
4.  O reforço obtém-se quando qualquer das acções equivalentes às enunciadas tiverem bom resultado e derem satisfação. É o reforço positivo.
5.  Quando situações semelhantes se repetirem e continuarem a dar reforço, especialmente o de razão variável ou aleatório, é provável que exista uma aprendizagem cada vez maior e mais alienante porque funciona para dar satisfação, que não é conseguida de outro modo.
6.  Quando a falta da mãe ou o pouco contacto com ela reduzir o carinho, o afecto e a atenção necessárias, a comida pode funcionar em sua substituição, especialmente porque os pais, muitas vezes, dão guloseimas em vez do carinho e afectividade que são imprescindíveis.
Assim, a falta de atenção dos pais pode ser substituída por presentes, por uma boa refeição ou guloseimas.
Também, o exemplo de consumo de guloseimas pelos pais pode muitas vezes, servir como um modelo a ser imitado.
Isto acontece frequentemente, com os pais que dizem aos filhos que os mesmos fazem mal, mas dão-lhes estas comidas, até com os modelos que eles próprios proporcionam. Pode até haver a possibilidade de os filhos tentarem identificar-se com eles e até tentar superá-los.

Por isso, não admira que a obesidade tenha vindo a aumentar ao longo do tempo e que seja maior nos lares em que a «ausência» ou «desapego» dos pais em relação aos filhos seja também maior do que em qualquer outro contexto.

--  Se os pais mantiverem um bom contacto com os filhos;
--  se lhes derem conselhos acerca duma alimentação saudável;
--  se lhes proporcionarem exemplo e modelo adequados através dos seu comportamento;
--  se elogiarem os filhos e lhes prestarem maior atenção sempre que tiverem uma alimentação saudável;
é muito provável que esta correlação de chamada «ausência das mães» possa ser substancialmente reduzida, especialmente se o pai também «entrar no jogo» de educar os filhos com bons modelos e reforços.

Muitas vezes não é só a ausência, mas a falta de paciência para «aturar os filhos», depois de um dia de trabalho e «chatices», que ocasione o «desapego».

Por este motivo, todos os Governos, especialmente na Europa, têm de pensar muito bem no «equipamento social» chamado família dando-lhe boas condições para procriar e educar os filhos saudavelmente. O tempo e a qualidade para o bom aconpanhemento dos filhos pode ser crucial para o desenvolvimento saudável duma nação.

Se isso não acontecer e se este facto não for tomado em conta, em pouco tempo poderemos ter um mundo ocidental alienado, tecnologicamente avançado, delinquente, obeso e viciado.
Não se julgue que os vícios da droga, do álcool, da ganância, incluindo o de defraudar os outros, ou qualquer outro, como os actuais jogos de computador ou da lotaria não se situam nestes parâmetros. Basta ouvir as televisões a apresentarem outros estudos (informação dada ontem na televisão), que tiram conclusões a jusante como os efeitos que esses vícios ou alienações ocasionam. É necessário descobrir quais as causas que provocam os efeitos, que é essa alienação ou vício. As pessoas vão buscar a satisfação naquilo que conseguirem fazer melhor e mais rapidamente para se sentirem felizes, embora não se possa dizer que o consigam ser, de facto.
A insatisfação sentida pelos que praticam
actos desviados moral e financeiramente,
são o reflexo disso.

Estamos todos inseridos numa cultura que prevalece como uma norma social a seguir. Não nos é estranho ver realçados os valores do dinheiro da aparente beleza, da confusão da satisfação da felicidade com os bens materiais e financeiros, privilégios e honrarias. Nesta cultura, as pessoas que não conseguem obter aquilo que a sociedade realça como fins a atingir, sente-se frustrada. Para obter a sensação de vencer, ensaia diversas actuações até imaginar que está a conseguir sair vencedora segundo os cânones sociais estabelecidos. Entretanto, foi executando comportamentos «desviados» que proporcionaram uma aprendizagem tão vincada e a longo prazo que é difícil de ser desaprendida com facilidade e até pode prejudicar a boa saúde física e mental. Esta actuação não é o resultado de um dom ou de uma predisposição inata mas sim duma capacidade adquirida com a aprendizagem naquela sociedade.

Senão, vejamos o que acontece em muitas sociedades primitivas em que a «gordura» ou a «competição» não é valorizada mas até é desaconselhada.

Para tanto, a «educação» é extremamente importante mesmo nas comunidades animais selvagens, onde as crias ficam muito tempo com os progenitores. Será que o mesmo acontece agora nos aglomerados humanos primitivos? E se olharmos para os «civilizados» podemos dizer o mesmo?

Tudo isto está cientificamente enquadrado e explicado em linguagem simples  no livro da JOANA e nos cinco pequenos volumes intitulados COMO MODIFICAR O COMPORTAMENTO, da Plátano Editora (agora, F), bem como no volume SAÚDE MENTAL sem psicopatologia, da Calçada das Letras.
Diversos posts anteriores trataram deste assunto respondendo a várias perguntas feitas pelos nossos interlocutores ou comentadores.
Com o contacto, cada vez mais reduzido estabelecido pelos pais (pai e mãe) com os filhos, é durante este importante tempo de educação que se adquirem muitos vícios que só tardiamente são «estudados» para se descobrirem os seus efeitos nocivos.
Depois, surgem as propostas para os combater com medidas extraordinárias de maior envergadura e menor eficácia do que as possíveis numa educação saudável desde a nascença, pelo menos, até à puberdade.

Espero que tenha conseguido dar a resposta possível ao meu comentador anónimo, a quem agradeço
a colaboração prestada com o seu comentário oportuno. 

Ver o post LIVROS DISPONÍVEIS.

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sábado, 10 de outubro de 2009

REEDUCAÇÃO DE DEFICIENTES

Fernanda Lima disse:
       “O meu filho, com 6 anos, apresenta dificuldades escolares e não sei o que fazer. Não consegue pronunciar muitas palavras e nem todas ficam bem pronunciadas. É irrequieto no seu comportamento e não consegue executar certos pedidos parecendo que não os entende. Uma vizinha disse que ele pode ser deficiente e aconselhou a ir a um psicólogo. O meu filho mais velho, de 16 anos, disse que eu vos podia perguntar o que fazer sem ter de pagar, porque as minhas dificuldades financeiras são grandes. Posso ter alguma ajuda?”
10 de Outubro de 2009 18:06


D. Fernanda Lima,
Acabei de ler o seu comentário, o qual prefiro a um e-mail, e vou tentar dar-lhe uma resposta rápida e resumida para satisfazer a sua provável dificuldade.
O conselho da sua vizinha de levar o seu filho a um psicólogo parece-me sensato e pelas poucas informações que a senhora me acabou de dar, julgo que ele não esteve em qualquer infantário. Se não, penso que já teria sido detectado qualquer défice que ele possa ter. Não era assim nos meus tempos, mas agora, quase todas as escolas anunciam que são acompanhadas por psicólogos.
Se o seu filho não esteve em qualquer infantário, como presumo, parece-me importante que a senhora saiba observá-lo com cuidado, quer para tomar as medidas que ache necessárias, quer para poder dar ao psicólogo as informações devidas para que a avaliação dele seja mais rápida e facilitada pelos esclarecimentos prestados. Além disso, mesmo que vá ser observado agora por um psicólogo, a sua acção em casa pode ser muito importante e facilitadora em todo o processo de reeducação, caso seja necessário.
Não consigo dar-lhe mais informações sem observar o seu filho, mas um dos meus antigos casos com crianças deficientes, apoiado em 1977, pode servir de guia como resposta ao seu pedido reforçado pelo seu filho mais velho.

Porém, como me parece que consulta os blogues, por si ou através do seu filho, aconselho a, antes de tudo, ver os meus posts:
Reforço do Comportamento Incompatível, de 20 de Agosto de 2008;
Dificuldades no Comportamento, de 20 de Agosto de 2008;
Modificação do Comportamento, de 26 de Agosto de 2008;
Dislexia, de 5 de Setembro de 2008;
O Valor do Reforço, de 16 de Janeiro de 2009.
Se quiser, pode também consultar o post A Pedagogia em Portugal, de 1 de Outubro de 2008.

Especificamente para a situação do seu filho, aconselho que leia, em primeiro lugar, com muito cuidado:
REEDUCAR COMO? (páginas 75 a 88), da Plátano Editora.
Em seguida, leia o resto desse livro ou releia-o e tire daí as suas conclusões a fim de poder observar melhor o seu filho, como se não fosse seu, tal como nós o fazemos.
Leia depois outros dois livros, também da Plátano:
SUCESSO ESCOLAR e
APOIO PSICOPEDAGÓGICO, a fim de poder descobrir se pode fazer algo para alterar a situação actual.
Se necessário, consulte também os 5 volumes de COMO MODIFICAR O COMPORTAMENTO, da Plátano.
Envolva o seu filho mais velho em todo este processo porque, sendo jovem e sensato, pode dar alguma ajuda substancial.
O rapaz do «caso» acima mencionado melhorou bastante quando teve a ajuda dos pais. Quando, ao fim de um ano do meu apoio, os pais «se esqueceram» de tomar parte na reeducação, esse rapaz piorou apesar de estar a frequentar uma escola especial. Agora, já adulto, fica sentado na varanda da sua casa a menear-se para frente e para trás.
Julgo que, por razões óbvias, não proponho a ajuda do seu marido.
Para a consulta dos livros, se ninguém lhos puder emprestar (por exemplo, Bibliotecas Municipais), pode socorrer-se das livrarias mais conhecidas ou, de preferência, utilizar a internet onde a Plátano tem a sua página. Cada livro, dos que indiquei, deve custar cerca de 10 euros ou menos. Uma primeira consulta não deve ficar por menos. Depois, terá os exames e as avaliações e, se necessária, a reeducação.
Dou-lhe estas informações, com urgência, porque me parece estar com certa pressa e surpreendida com a situação que não deseja ver prolongar-se por muito tempo. Por isso, garanto que a participação dos pais é extremamente importante. Leia com atenção o desfecho desse «caso». Se não tiver de consultar um psicólogo ou necessitar dele como apoio suplementar, vai ser extremamente económico em tempo e em finanças.
Fico aguardando notícias sobre o desenrolar dos acontecimentos.
Boa sorte.

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