quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

SEXO PRECOCE

Quando acabei de ler este post fiquei com vontade de perguntar se posso fazer alguma coisa pelo
meu filho de 15 anos que, de repente, começou a sair com uma rapariga que me parece estouvada. Não tenho mais filhos e o meu marido, de 40 anos, está também com uma rapariga cerca de 10 anos mais nova do que ele. Estou com medo de que o meu filho se envolva com a rapariga com quem está a relacionar-se, às escondidas e de forma pouco clara. Receio um «desastre» e, depois, em vez de um problema (o do meu marido) vou ter mais dois (o do meu filho e de qualquer «resultado» deste seu relacionamento). Gostaria de receber uma «dica» que me pudesse orientar «à distância» já que o meu emprego, embora não mal remunerado, deixa pouco tempo para «divagações».
Anastácia Campos”

D. Anastácia Campos,
Ao «vistoriar» o meu blog deparei com o seu comentário que acabo de transcrever e que vem ao encontro de uma proposta que me foi feita há bastante tempo por uma pessoa amiga que gostaria que eu falasse neste tema também preocupante para a senhora.
No seu caso ou, melhor dizendo, no caso do seu filho, parece que é um assunto muito sério. O seu marido não está «em casa» para poder oferecer ao filho um modelo de identificação necessário na idade dele. O rapaz está na puberdade e qualquer estímulo sexual pode ajudá-lo a «desequilibrar-se». Se a rapariga é meio estouvada, a situação pode ser ainda pior. Locais e ocasiões não irão faltar. Um óbice muito grande é a pouca disponibilidade de tempo da senhora. E paciência? Terá a suficiente?

Tudo o que eu disse à outra senhora (Celina) também é válido para si. A literatura sugerida também. Além disso, fica aqui aquilo que não lhe disse e que aventei no final
daquela resposta.
O importantíssimo, neste caso, é utilizar o «reforço do comportamento incompatível».O seu receio de sexo precoce pode ser o resultado de tentativas do seu filho em obter a satisfação temporária, mas urgente, duma necessidade de afectividade que não consegue obter no contacto com os pais ou com a sua família.
Pela descrição que me faz da situação, parece-me que não estão muito próximos das vossas famílias originárias. Suponho que, nos estudos, o rapaz deve ter bons resultados. Mas a nível de afectividade, de convivência e inclusão familiar e de modelo de identificação? Onde irá buscar esses dados e valores?
O mínimo que a senhora pode fazer é «arranjar» tempo para estar com ele, conversar muito sobre a
família, não criticar o pai dele mas mostrar que ambos podem ter tido momentos de falha «conjugal». É muito importante que ele comece a compreender estes problemas. Ajude-o a compreender que a escolha conjugal é um assunto sério, a não ser que se constituam famílias em que os filhos irão sofrer com uma união deficiente. É bom frisar este ponto dizendo que mesmo as boas escolhas podem falhar, quanto mais as precipitadas. E, no vosso caso, não foi qualquer «precipitação». Tudo isto tem de ser muito bem conversado. Se não conseguir, pode ter de encarar tardiamente o «desastre» que não deseja, além de ter a necessidade de consultar um psicólogo durante muito tempo. Melhor é prevenir e prevenir-se não deixando que «as coisas aconteçam».
Veja se consegue também, com a sua companhia ou com outras tarefas, reduzir o tempo de permanência do filho com a rapariga, pelo menos, as possibilidades de contactos
mais íntimos. Mas, não fale mal da rapariga.
Em todas as acções em que o seu filho se empenhar longe da rapariga aplauda-o e encoraje-o a prosseguir. Se conseguir um bom «hobby» ou um desporto absorvente será muito melhor.
Mas não se esqueça, essencialmente, que a companhia da mãe deve ser muito importante para ele, sem sermões ou recriminações, mas com uma amizade de confiança e apoio.
Boa sorte em lidar com esta situação muito melindrosa.

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.


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1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado por este post. Já me deu uma ideia para o caso do meu filho.