quinta-feira, 5 de março de 2009

RESPOSTA À PROVOCAÇÃO

"Caro colega de blog.
Gostámos da sua resposta ao nosso pedido. Não esperávamos que fosse tão rápida. Mas achamos que está incompleta. O que diz sobre hipnoterapia? E porque não fala sobre o modo de utilizar a imaginação orientada abordada nos seus livros? Por acaso, viu o programa dedicado ontem à HIPNOTERAPIA, na Sociedade Civil, no canal 2 da RTP, com um hipnoterapeuta e tudo?
CãoPincha
26 de Fevereiro de 2009 15:05 "


Consigo dar apenas hoje a resposta à vossa «provocação», acima transcrita, feita no comentário ao meu post AUTOTERAPIA, de 24 FEV 09, porque estive ocupado durante alguns dias a «trabalhar». Não sei se os amigos fazem o mesmo ou se se divertem a instigar os outros. Cá vai a explicação:

Senhores críticos CãoPincha.
Antes de tudo, devo dizer que grande parte das minhas respostas às vossas perguntas estão dadas em posts anteriores e em livros que tenho mencionado.
Vi com gosto a sessão da Sociedade Civil do dia 25 Fev e gostei da intervenção de Carlos Lopes Pires, bem como da defesa dos seus pontos de vista, com a maioria dos quais estou plenamente de acordo.
Mas, indo por partes, vou tentar dar mais esclarecimentos.

Tentando responder às vossas dúvidas posso dizer que a hipnose pode ser útil para o próprio quando deseja resolver certas dificuldades psicológicas ou pretende não sentir algumas dores etc., como quando necessita de anestesia ou procura melhorar as suas capacidades.
Contudo, pode ser muito útil para alguns, que tentam «viver» à custa da mesma, independentemente dos benefícios ou malefícios que possa produzir no utente. Dizer que existe uma hipnoterapia é compará-la, segundo o vosso discurso, com a bisturiterapia. Se é assim, concordo plenamente e já referi isto nos meus livros. Caso contrário, há algo de errado.

O mais importante é saber quem vai «aplicar» a hipnose, em que condições e qual a competência do seu «operador». Este assunto foi bem explicitado por Carlos Lopes Pires e também por Paulo Fonseca, jurista da DECO, na aludida sessão HIPNOTERAPIA, da SOCIEDADE CIVIL, de Fernanda Freitas, no canal 2 da RTP, na tarde do dia 25 FEV 2009.
Em relação à imaginação orientada, não posso estar a explicar o assunto num blog porque tem muitas implicações que devem ser tomadas em conta durante a sessão terapêutica, sempre em consonância com a pessoa que está a ser apoiada. Como não estou presente para «controlar» a situação, acho que não devo dizer mais sobre o assunto.
Essa aplicação, além de conhecimentos gerais e estudos a um nível razoável, exige conhecimentos aprofundados, pelo menos, de hipnose, da psicodinâmica, de psicopatologia, de pedagogia e de modificação do comportamento, para além de uma sensibilidade bastante aprofundada de toda a situação.

Contudo, é inócuo e óptimo que uma pessoa, em tentativa de autohipnose, tente recordar os momentos mais agradáveis da sua vida. Isso sempre lhe pode proporcionar momentos de prazer e provocar algum reforço positivo incitando a continuar as técnicas utilizadas. Uma «musiquinha» do agrado de cada um pode ajudar a começar o aludido relaxamento, servindo de estímulo condicional.
Além de dedicar quase todos os meus livros, com «casos», a situações terapêuticas e pedagógicas, posso dizer que em Para Que Serve a Psicologia?, as páginas 53 e seguintes referem-se a este assunto.
Os posts deste blog intitulados O Sindroma Pós-Traumático, A Hipnoterapia, Stress, Fobia, Enurese, Modificação do Comportamento, Reforço do Comportamento Incompatível, Dificuldades no Comportamento, Ameaça de Suicídio referem-se mais especificamente a muitos procedimentos que se podem utilizar sem a hipnose ou com a sua comparticipação. Depende das circunstâncias, dos intervenientes e das situações.
Julgo que dei alguma visão sobre aquilo que penso sobre o assunto para além dos livros que me dizem ter lido. Boa «digestão» de toda esta mistura.

Em 2018, já existe na colecção da Biblioterapia o 18º livro «PSICOTERAPIA… através de LIVROS…» (R), destinado a orientar os interessados para a leitura e consulta adequada de livros, desde que desejem
enveredar por uma psicoterapia, acções de psicopedadogia, de interacção social e de desenvolvimento pessoal, autonomamente ou com pouca ajuda de especialistas.
  
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TERAPIA ATRAVÉS DE LIVROS para a Biblioterapia

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1 comentário:

Anónimo disse...

Toma que já apanhaste!

Assim, pelo menos os leitores podem ficar mais esclarecidos.

Achamos que vale a pena «provocar»!